outubro 13, 2012

Olhar


O que há de novo no seu olhar!
De certo um novo amor, um brilho diferente...
Mas não sou eu dentro desse brilho!

Eu aceito o renovar da natureza, de que tudo precisa renascer...
Conter-me e ficar serena, descobrir outros brilhos, isso sim me fará bem.
Não tenho culpa se tudo de bom que existia em mim estagnou pelos seus olhos.

Se abrir o que se sente nem sempre é uma demonstração inteligente, mas se eu não fizesse seria um Eu novo.
Não sou assim, sou apegada as palavras, a claridade e não me acho mais digna por isso...
Sou apenas eu tentando capturar o brilho dos olhos, o ineditismo da risada, a delicadeza da alma.

Fico só, ando só e quem sabe ao contemplar o brilho da Lua tenha melhor sorte.
Nem tudo é complacência dentro de mim, me envergonho de como amo, de como me importo...
Mas não da mais para transplantar outro cérebro, outro coração, é assim que eu sou.

Um dia acharei os olhos certos, o brilho límpido no meu olhar, mas melhor nem ter pressa!
As forças da natureza sabem o momento certo, os caminhos que ainda devo trilhar...
No mais eu tenho que viver bem comigo e caminhar com meus olhos de sempre, com o brilho de sempre.