O que há de
novo no seu olhar!
De certo um
novo amor, um brilho diferente...
Mas não sou
eu dentro desse brilho!
Eu aceito o
renovar da natureza, de que tudo precisa renascer...
Conter-me e
ficar serena, descobrir outros brilhos, isso sim me fará bem.
Não tenho culpa
se tudo de bom que existia em mim estagnou pelos seus olhos.
Se abrir o
que se sente nem sempre é uma demonstração inteligente, mas se eu não fizesse
seria um Eu novo.
Não sou
assim, sou apegada as palavras, a claridade e não me acho mais digna por isso...
Sou apenas
eu tentando capturar o brilho dos olhos, o ineditismo da risada, a delicadeza
da alma.
Fico só,
ando só e quem sabe ao contemplar o brilho da Lua tenha melhor sorte.
Nem tudo é complacência
dentro de mim, me envergonho de como amo, de como me importo...
Mas não da
mais para transplantar outro cérebro, outro coração, é assim que eu sou.
Um dia
acharei os olhos certos, o brilho límpido no meu olhar, mas melhor nem ter
pressa!
As forças
da natureza sabem o momento certo, os caminhos que ainda devo trilhar...
No mais eu
tenho que viver bem comigo e caminhar com meus olhos de sempre, com o brilho de
sempre.