outubro 13, 2008

Mais Uma de Amor

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A Mariana chegou do colégio quase botando o coração pela boca! Ela carrega na dramaticidade pra me contar como foi seu dia, quase tem uma sincope de tanta novidade saindo de sua boca ao mesmo tempo em que tenta respirar! Peço calma, peço a ela que beba um pouco d´água, mas não resolve muito. Tudo bem filha, toda ouvidos! Me fala o que aconteceu de tão importante?!
Ela diz que a professora passou um vídeo sobre o nascimento de bebês- uma cesariana- acho mostrando de onde as crianças “saem”, mas que também, tinha um outro vídeo mostrando que eles podem sair por um outro “lugar”! Perguntei se ela entendeu os “locais” diferentes por onde uma criança chega ao mundo. Ela disse “Perfeitamente” sempre fala assim quando ta segura de si!
Mais o vídeo, segundo a Mariana, além de mostrar o nascimento das crianças, também mostrava uma casa grande cheia de pequeninos que tinham saído por aqueles “locais” mais que não tinham mães e ficavam esperando chegar umas “mães novas”.
Entendi que se tratava de órfãos e do que de fato estava por trás daquela ansiedade toda! Eis que a Mari, pergunta: “Mãe, uma criança só pode nascer daqueles dois locais?” E eu, toda orgulhosa, babando pelo meu rebento procurar tanta sabedoria sempre! Respondo: “Filha, na verdade as crianças para nascerem, precisam mesmo, é sair de dois “locais”: dá cabeça de seus pais e de seus corações”.
Pela primeira vez, tenho a sensação de que não precisaria explicar o significado da frase pra ela, pois seus olhos estão marejados; com os olhos dela fitando os meus já posso ouvir : “Perfeitamente” mamãe. Mais toda mãe zelosa tira a prova dos nove!
Continuo falando com ela, sobre o que de fato importa pra gerar um filho, a razão e a emoção têm de caminhar junto, uma criança pra nascer tem de ser muito querida, muito amada, com muito cuidado, pois do contrário passariam boa parte da vida, nessas casas grandes, esperando as “novas mães”.
Depois de alguns minutos a Mariana diz: “Perfeitamente” mamãe e salta nos meus braços para dar um beijo de Borboleta; Depois desse dia todo fim de ano ela me faz visitar uma casa grande pra ler historinhas para os pequeninos e sempre me pergunta se um dia eu vou desejar uma criança que nasceu pelos “lugares” errados? Um dia filha, quem sabe!

5 comentários:

Cobra com Asa disse...

Voltou com gosto hein:)

Fàbia Adriana Vieira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fàbia Adriana Vieira disse...

Marina, morena, marina... como são doces os nossos encontros! ainda lembro daquele pinguinho de gente entrando pela sala como uma borboleta esvoassante...

Tão meiga, tão generosa... Marina, só poderias ser filha de quem és! Não desista, Marina, quem sabe um dia chega então um irmãozinho...

enquanto isso, eu e tua prima te aguardamos para mais um dia de festa repleto de beijos de borboleta e abraços de quebrar as costelas...

amor Titia
PS:
Lili manda bjinhos e avisa que amanha tem festinha na escola.

Fàbia Adriana Vieira disse...

Sirsi
como se explica um amor tão grande e verdadeiro?????
Ha quem diga que tal sentimento não é real.
pobres coitados, não aprenderam o que é o amor...

"O que é o amor, onde vai dar,
Parece não ter fim
Uma canção cheirando a mar,
Que bate forte em mim
O que me dá meu coração
Que eu canto prá não chorar
O que é o amor, onde vai dar
Porque me deixa assim
O que é o amor, onde vai dar,
Luar perdido em mim ... "

O Que É o Amor
Danilo Caymmi

Mariana Pereira disse...

Adélia querida, em cada letra que compôs esse texto senti uma doçura... infantil mesmo, não há outra palavra que sintetize melhor o que eu senti. É como se o espírito dela fosse transportado para o texto. E vc foi responsável por fazer com que nele, a doçura da sua Mariana reinasse.

Fazia tempo que não passeava por aqui, por essas aléias do jardim. Andei meio afastada do universo dos blogs. Inclusive do meu. Lendo as outras postagens vi isso tb te aconteceu a um tempo atrás.

Mas tem nada não. Não há nada que não se recupere quando se quer. E eu estarei novamente aqui sempre q puder.O momento é de retomada sempre!

Adoro ler seus textos.
Beijos Mari