abril 14, 2011

Imaginação?

A imaginação é mesmo uma arma, a mais valiosa de todas! Foi usando a minha que desde criança não me senti só. Minha imaginação tratou de parir uma amiguinha chamada Ninim que me acompanhava nas brincadeiras – agora entendo por que falo sozinha às vezes – me ajudando a comer o lanchinho da tarde, que segundo minha mãe tudo que era para mim era em dobro, claro tinha a Ninim e ela nunca me faltou!
Até quando eu patinava, ela estava presente, o máximo ter amiga imaginária e olha que eu não sou filha única, embora ter tido um irmão nunca me ajudou muito no quesito salve-se da solidão!

Mais bastou eu crescer para a Ninim me largar, acho que minhas brincadeiras e meus interesses mudaram demais e ela não suportou, não me suportou rsrs. Depois de um tempo mainha me revelou que quando estava grávida de mim nas últimas semanas de trabalho, uma amiga de escritório incorporou uma menininha e com voz de criança que começou a falar comigo – dentro da barriga da minha mãe – e disse que era minha amiguinha e que iria ficar um tempo comigo, e lógico se chamava ...Ninim! Me arrepiei ao ouvir a história...não lembro muito da minha amiguinha mas se ela se dedicou a mim deve ter tido um bom motivo!

Certo tempo depois, já na faculdade, precisei fazer um trabalho e indo até a Biblioteca Central abri um livro qualquer que tinha uma dedicatória: “Eu vivi até minha quarta primavera e precisei ir embora mais quando você lembrar-se de mim espero que seja com carinho. Ass. Ninim.” Fechei os olhos ainda prendendo as gotas de lágrimas que chegavam...voltei no tempo mas não conseguir lembrar quem comia os lanches duplos!

2 comentários:

Fàbia Adriana Vieira disse...

POSSO SABER MAIS SOBRE Isso?
a dedicatoria do livro estava escrita a mão?
Fala mais, please!
quando eu era pequena tinha um amigo imaginario e o nome dele era Rogério, confesso que ainda sinto falta dele, principalmente nas noites frias...

Adelia Campelo disse...

A Ninim existiu pelo menos na minha imaginação! E eu fui bem feliz com ela pelos lampejos de memória que tenho, que na verdade nem sei se foi fantasia ou realidade, mas foi ótimo viver esses momentos com ela!

E do Rogério? o que me contas?